Combatendo a dengue: A Missão Wolbachia de Lúcia | World Mosquito Program Pular para o conteúdo principal

Escrito por: Alex Jackson | Publicado em: 6

Em Joinville, Brasil, a agente de controle de endemias Lúcia Jordan libera Wolbachia quatro dias por semana como parte de um esforço crescente para combater a dengue. Depois de sobreviver à doença, ela agora ajuda a proteger quase 75% dos 600.000 habitantes de sua cidade. Os primeiros resultados mostram um impacto dramático, com as mortes por dengue caindo para zero depois de nossa Wolbachia após a implantação do método Wolbachia.

"Enquanto estou soltando os mosquitos, sinto-me feliz", diz Lúcia Jordan. "Porque para mim é como se eu estivesse salvando vidas - cada mosquito que sai serve para melhorar o meio ambiente, acabar com a dengue e outras doenças como Zika e chikungunya."

Quatro dias por semana, Lúcia levanta cedo e se dirige a uma pequena biofábrica situada em uma colina íngreme no centro de Joinville, uma cidade de aproximadamente 600.000 habitantes no estado de Santa Catarina, no sul do Brasil, conhecida por seu patrimônio industrial e de fabricação.

Até os últimos anos, Joinville não havia sido muito afetada por doenças transmitidas por mosquitos, mas como a mudança climática prolonga a temporada de mosquitos e acelera a velocidade com que a criatura mais mortal do mundo expande sua área geográfica, a cidade, juntamente com outras no sul do país, tem visto uma série de surtos devastadores nos últimos anos.

Quando a primeira fase da Wolbachia (conhecida como Wolbito no Brasil) começou em agosto de 2024, Joinville ainda estava se recuperando de uma epidemia de dengue que havia afetado muitas partes da cidade.

 

Separação dos mosquitos antes da liberação

 

De sobrevivente da dengue a combatente da doença

Lúcia sabe o que é sofrer de dengue, pois contraiu o vírus um ano antes do início do projeto e poucos dias antes de começar uma nova função como agente de controle de endemias.

"Tive dengue pouco antes de começar a trabalhar com vigilância ambiental", diz ela. "Foi muito difícil. Uma semana com muita dor, calafrios, falta de apetite, dores de cabeça e febre alta. Parecia que minha cabeça estava inchada.

"Então, a partir daquele momento, quando fiquei sabendo sobre a Wolbachia decidi que também lutaria contra essa doença."

Lucia em pé ao lado de seu carro antes de ir soltar os mosquitos
 

Todas as manhãs, como a única mulher da equipe, Lúcia se junta a Giulia, no banco do motorista, e elas partem em uma rota definida. Ao pararem nos pontos de liberação designados, guiados por um aplicativo, os espectadores observam com curiosidade e interesse enquanto Lúcia sacode o contêiner pela janela para liberar Wolbachia no ambiente local.

"Nossa rotina diária começa às 6h. Carregamos os carros e nos dirigimos ao bairro designado, evitando o trânsito nas primeiras horas", diz Lúcia. "Em alguns dias temos apenas uma rota e em outros fazemos mais, mas geralmente terminamos às 9h30 e muitas vezes ajudamos a equipe de produção depois, drenando tubos."

Lúcia diz que muitas pessoas se interessam e vêm conversar com ela durante os lançamentos para fazer perguntas e entender o que ela está fazendo, mas admite que a recepção é amplamente positiva.

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"Há muita curiosidade nas ruas quando estou soltando mosquitos. Muitas pessoas param e perguntam por que estamos fazendo isso e, muito ocasionalmente, isso é negativo. Mas na maioria das vezes a reação é positiva, porque muitos já conhecem o projeto e têm informações da Internet ou de eventos.

"Com a família e os amigos, eu sempre tento explicar claramente sobre a Wolbachia e que ela é encontrada em 50% dos insetos. As pessoas precisam entender por que isso está acontecendo. E isso é bem aceito."

Protegendo quase 75% da população de Joinville com nossa Wolbachia Método

A primeira fase de lançamentos em Joinville, no ano passado, abrangeu 17 bairros, protegendo cerca de 360.000 habitantes, e os resultados iniciais mostraram-se muito promissores. Esta segunda fase, liderada pela Wolbito do Brasil, atingirá quase 75% da população da cidade, abrangendo mais 15 bairros e 150.000 pessoas.

Lúcia enfatiza que os resultados iniciais da primeira fase oferecem esperança para a cidade.

"Em Joinville, o projeto teve um impacto muito grande. De 2023 a 2024, tivemos 86 mortes por dengue", reflete. "Então, é muito significativo saber que hoje a cidade não tem nenhuma morte. E isso é graças a esse projeto, além de a população estar mais consciente para cuidar de seus quintais e não deixar água parada."

foto externa da fábrica de produtos biológicos da wolbito do brasil
 

Aumentando a liberação de mosquitos Wolbachia no Brasil

Depois de uma primeira rodada de lançamentos e pouco antes de reabastecer os carros para a segunda rodada, Lúcia faz uma pausa para pensar e contemplar a ambição do projeto no país.

"Eu vejo isso da seguinte forma - (Wolbachia pode) não só beneficiar Joinville, ou os bairros onde já estamos na segunda fase, mas todos os municípios de Santa Catarina, e até mesmo todo o Brasil", conclui.

"Este é um projeto que já provou funcionar. Para mim, é uma grande satisfação fazer parte desse projeto."

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