A maior biofábrica de Wolbachia do mundo é inaugurada no Brasil | World Mosquito Program Pular para o conteúdo principal

Escrito por: Alex Jackson | Publicado em: 23

A luta contra a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos atinge um novo marco no Brasil.

Wolbito do Brasil, a maior biofábrica de criação de Aedes aegypti do mundo Aedes aegypti com Wolbachiafoi lançada oficialmente nesta semana para combater doenças transmitidas por mosquitos.

Isso ampliará drasticamente o acesso em todo o Brasil a Wolbachia um método de controle de doenças baseado na natureza que reduziu significativamente a incidência de dengue, Zika e Chikungunya no Rio de Janeiro e em Niterói desde que o método foi implantado pela primeira vez nessas cidades em 2014.

A grande biofábrica, sediada em Curitiba, é o resultado de uma joint venture entre o World Mosquito Program WMP), a Fiocruz e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).

A parceria formal se baseia em anos de colaboração entre WMP WMP e a Fiocruz, que ajudou a proteger mais de cinco milhões de brasileiros em oito cidades usando a inovadora Wolbachia da WMP na última década. Espera-se que esse número chegue a mais de 140 milhões de pessoas em 40 municípios nos próximos anos, à medida que o Ministério da Saúde incorpora a Wolbachia como uma de suas estratégias nacionais de combate a doenças transmitidas por mosquitos.

"A biofábrica terá a capacidade de produzir 100 milhões de ovos de mosquito por semana", diz Luciano Moreira, CEO da Wolbito do Brasil, responsável por trazer o método para o Brasil. Inicialmente, a instalação será capaz de produzir cerca de cinco bilhões de ovos de mosquito por ano.

"Nosso objetivo é reduzir significativamente o número de casos de arbovirus no país. Em dez anos, teremos protegido mais da metade da população brasileira."

A maior fábrica de mosquitos Wolbachi do mundo, com sede em Curitiba, Brasil

Ampliação do acesso a Wolbachia em todo o Brasil

Com mais de 3.500 m² de área construída, equipamentos de automação e de criação de mosquitos de última geração e uma equipe de aproximadamente 70 funcionários, a Wolbito do Brasil atende à crescente demanda nacional pelos produtos da WMPWolbachia da WMP. Inicialmente, a unidade será utilizada exclusivamente pelo Ministério da Saúde, garantindo a distribuição de Wolbachia (também conhecida como Wolbito no Brasil) para várias regiões do Brasil com altos índices de dengue.

"Ao longo de mais de uma década, esse método consolidou evidências científicas robustas, demonstrando ser um aliado fundamental no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti mosquito Aedes aegypti. O Wolbito do Brasil é uma conquista coletiva que reafirma nosso compromisso com a ciência, a saúde e o futuro da população. Estamos prontos para atender a mais municípios brasileiros com nossa Wolbachia protegendo a população dos arbovírus", acrescenta Moreira.

A Wolbito do Brasil foi criada para consolidar e expandir a implementação do WMPWolbachia da WMP.

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Transformando a saúde pública global

Atualmente, o Brasil tem o maior número de casos de dengue no mundo, com um décimo da carga global de dengue e mais de 90% de sua população em risco de infecção. O ano passado foi o pior já registrado, com mais de 10 milhões de casos prováveis em 2024 e 6.297 mortes.

Scott O'Neill, CEO da WMP, destaca a contribuição do método para transformar o futuro da saúde pública global.

Esse projeto representa não apenas uma inovação significativa para o Brasil, mas também uma esperança concreta de proteger as populações em vários países do mundo. Tenho plena convicção de que estamos no caminho certo - não apenas para enfrentar os desafios atuais, mas para transformar o futuro da saúde pública mundial. Cada etapa desse processo foi construída com dedicação, colaboração e ciência de ponta, e o resultado está diante de nós: uma solução eficaz, econômica e promissora.
Professor Scott O'Neill
Fundador e CEO World Mosquito Program
Scott O_Neill_2023

O'Neill acrescenta que a liderança do Brasil na utilização da Wolbachia pode servir de modelo para os outros 129 países afetados pela dengue, ajudando a expandir o acesso aos cerca de quatro bilhões de pessoas em todo o mundo que correm o risco de contrair dengue e outros vírus transmitidos pelos mosquitos Aedes aegypti.

A tecnologia consiste em introduzir nos mosquitos uma bactéria, chamada Wolbachia -- que impede que eles transmitam a dengue e outros vírus transmitidos por mosquitos. Desenvolvida por cientistas da Universidade Monash em Melbourne, Austrália, nossa Wolbachia já foi introduzida em 15 países, protegendo quase 14 milhões de pessoas até o momento.

"A inauguração da maior biofábrica do mundo dedicada à tecnologia Wolbachia representa um exercício de soberania e inovação nacional", enfatiza o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha.

"Esse avanço é resultado direto da continuidade das políticas públicas e da cooperação internacional com parceiros como a Austrália. A unidade instalada em Curitiba simboliza o fortalecimento da ciência, a geração de empregos, a produção local de tecnologia e, principalmente, a segurança da saúde pública."

 

Luciano Moreira, Diretor da Wolbito do Brasil

Liderando a luta contra doenças transmitidas por mosquitos no Brasil

As primeiras liberações brasileiras de Wolbachia começaram em setembro de 2014 no Rio de Janeiro. Três anos depois, foram realizadas implantações em grande escala no país. WMP mosquitos Wolbachia da WMP protege atualmente mais de cinco milhões de pessoas em oito cidades, incluindo Niterói, Rio de Janeiro, Londrina, Foz do Iguaçu, Campo Grande, Joinville, Belo Horizonte e Petrolina. Atualmente, também está sendo implementado em Presidente Prudente, Uberlândia e Natal.

"Nosso método é seguro, natural e autossustentável. Nosso principal diferencial é a fase de comunicação e engajamento, pois com uma população bem informada e engajada, os resultados são melhores. A união de forças produz um efeito mais significativo", acrescenta Moreira.

Outros municípios estão se preparando para iniciar o trabalho com o Wolbito do Brasil, incluindo Balneário Camboriú e Blumenau, além de novas áreas em Joinville, Santa Catarina; Valparaíso de Goiás e Luziânia, Goiás; e a capital Brasília. Os municípios são escolhidos por meio de um criterioso processo de seleção do Ministério da Saúde, e a implementação conta com o apoio estratégico da Fiocruz.

 

Scott O'Neill, Luciano Moreira e o Ministro da Saúde do Brasil posam para uma foto.

Economia de custos econômicos

O métodoWolbachia da WMP oferece uma abordagem altamente econômica para o controle de doenças. Uma vez estabelecido nas populações locais de mosquitos, Wolbachia é transmitida naturalmente pelas fêmeas dos mosquitos aos seus descendentes, o que significa que Wolbachia é autossustentável, não precisa ser reaplicada e não tem custos contínuos.

Em poucos anos de aplicação, o método se paga por meio da economia em custos médicos, perda de salários e perdas de produtividade causadas por faltas ao trabalho ou à escola. Com o tempo, o estabelecimento Wolbachia proporciona benefícios econômicos substanciais, economizando milhões de dólares em custos de saúde e melhorando a produtividade do trabalho.

Estudos mostram que, para cada R$ 1,00 investido, o governo economiza entre R$ 43,45 e R$ 549,13 em medicamentos, internações e tratamentos em geral.

"A pandemia demonstrou os riscos da dependência global da produção de insumos, e essa biofábrica é uma resposta estratégica a esse desafio. Essa conquista reafirma nosso compromisso com a ciência, a industrialização estratégica da saúde e a redução da dependência externa. A biofábrica de Wolbachia é um passo decisivo nessa jornada", acrescenta Padilha."

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