Data de publicação: 11 May 2022
Por Jessica Jones
Uma expressão popular entre os brasileiros sempre aparece quando se fala de seu país: "O Brasil é um e muitos ao mesmo tempo".
No Brasil, parece que tudo é grande. Com uma área territorial de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, é o quinto maior país do mundo e o sexto em termos de número de habitantes. Seus habitantes, culturalmente diversos, representam pouco mais de um terço da população total da América Latina.
Portanto, os desafios na prestação de serviços como educação, ciência e saúde também são grandes. Quando a World Mosquito Program chegou ao país com um programa piloto para implementar o Wolbachia mmétodo e ajudar na luta contra doenças transmitidas por mosquitos, esses desafios foram vistos como uma oportunidade de adaptação.
Capacitação das equipes locais
Durante essas liberações iniciais, todo o projeto foi administrado diretamente pela equipe do WMP . Mas quando o Ministério da Saúde solicitou a expansão do método Wolbachia método para Campo Grande, Petrolina e Belo HorizonteEm uma área geográfica extensa com grandes populações, era necessária uma nova maneira de trabalhar.
"Esse [novo] modelo é baseado na transferência de conhecimento, treinamento e acompanhamento", explica Diogo Chalegre, que faz parte da equipe de Operações do World Mosquito Programno Brasil. "Nossa abordagem é descentralizar as atividades para que possamos crescer de forma organizada e controlada, lado a lado com a comunidade, voluntários e parceiros em cada uma das cidades onde estamos localizados."
Esse novo modelo operacional é uma forma de capacitar e fortalecer a própria comunidade. "Estamos capacitando equipes locais de saúde, educação e líderes sociais, que promovem nosso método, realizam liberações de mosquitos e até mesmo monitoram o estabelecimento de uma rede de distribuição de mosquitos. Wolbachia método, realizam a liberação de mosquitos e até mesmo monitoram o estabelecimento de Aedes aegypti com Wolbachia no território."
O poder de ignição do conhecimento
Esse novo modelo inovador se baseia no apoio às comunidades para implementar o Wolbachia método. De acordo com sua especialidade de trabalho (acadêmica ou de saúde pública), os voluntários são treinados para trabalhar diretamente com a comunidade, seja em escolas ou nos centros de saúde dos territórios.
Para apoiar os voluntários educacionais, o World Mosquito Program criou o "Wolbito na escola". O programa envolve a realização de um breve experimento científico nas escolas, sob a direção de um professor previamente treinado pelo World Mosquito Program. O objetivo é ensinar conceitos científicos de forma prática e interdisciplinar, ajudar a explicar como os vírus são transmitidos pelo Aedes aegypti e mostrar como o método é uma ferramenta para combater doenças transmitidas por mosquitos. Wolbachia método é uma ferramenta para combater doenças transmitidas por mosquitos.
O projeto "Wolbito na Escola" também tem como objetivo conscientizar os alunos das regiões onde a World Mosquito Program atua sobre questões socioambientais e ações de prevenção utilizadas nos bairros onde moram. O experimento permite que os alunos acompanhem, na mesma sala de aula, os estágios de desenvolvimento dos Aedes aegypti mosquitos portadores de Wolbachiado ovo até a fase adulta.
Taise Salgado, professora de ciências no Rio de Janeiro, foi uma das professoras que incluiu o "Wolbito at school" do World Mosquito Programno currículo.
"Minha turma era toda formada por alunos que estavam com atraso escolar, ou seja, aqueles que em algum momento já haviam sido reprovados no ensino regular. Um dos pilares do trabalho com essa turma era o resgate da autoestima, e o World Mosquito Program nos deu a oportunidade de trabalhar isso", explicou o professor Salgado.
"A cada nova descoberta, meus alunos percebiam sua capacidade e se sentiam cada vez mais confiantes para transmitir esse conhecimento para outras turmas e para as comunidades onde viviam. Eles se tornaram grandes aliados nos projetos de combate às arboviroses."
Para Leonardo Viana, professor de história em Belo Horizonte, esse novo método de prevenção de doenças transmitidas por mosquitos foi uma verdadeira descoberta.
"Eu estava coordenando o Programa de Saúde Escolar em Belo Horizonte quando fomos convidados a conhecer o método. Wolbachia método. Desde o primeiro momento, gostei da forma como o World Mosquito Program compartilhou todo o conhecimento científico de uma maneira muito direta. Também entendi que a implementação no Brasil seria um trabalho de grande magnitude e, por isso, exigiria o engajamento da comunidade."
O Sr. Viana está muito otimista com a participação do povo brasileiro. "Ela vai além da redução dos casos de dengue, que é importante, claro. A experiência de envolvimento com a ciência em seu cotidiano pode despertar o desejo e a curiosidade por novos conhecimentos e pelo autocuidado preventivo com a saúde."