O método do World Mosquito Program foi agora demonstrado como eficaz contra quatro doenças transmitidas por mosquitos: dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.
Publicado na Gates Open Research, o estudo que investiga o efeito de bactérias de ocorrência natural Wolbachia sobre o vírus da febre amarela é uma iniciativa conjunta entre o Instituto René Rachou/Fiocruz, a Fundação Ezequiel Dias e a Universidade Federal de Minas Gerais, no Brasil.
Embora a transmissão urbana da febre amarela por Aedes aegypti não tenha sido registrada no Brasil desde 1942, o risco de reurbanização da doença permanece, pois esses mosquitos são encontrados na maioria das cidades tropicais e subtropicais do mundo e foram os principais transmissores no passado.
O Brasil enfrentou grandes surtos da doença em vários estados de 2016 a 2018, transmitidos por mosquitos selvagens dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Isso resultou em mais de 1.200 casos de febre amarela e 328 mortes nos nove meses de julho de 2017 a abril de 2018, de acordo com o Ministério da Saúde.
"Os resultados indicam que, se a febre amarela for transmitida pelo Aedes aegypti, o Wolbachia pode ser uma estratégia complementar para evitar a transmissão do vírus, juntamente com o programa de vacinação", diz o Dr. Luciano Moreira, pesquisador principal e chefe do projeto World Mosquito Program no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde lista 13 países das Américas como os de maior risco para a febre amarela, incluindo o Brasil e a Colômbia, onde o World Mosquito Program funciona. A vacina contra a febre amarela continua sendo o meio mais importante de combater o vírus, com uma única dose que proporciona imunidade por toda a vida.
World Mosquito Program O diretor, Professor Scott O'Neill, diz que as descobertas marcam um passo importante na melhoria da saúde global.
"Isso demonstra ainda mais o impacto potencial do método World Mosquito Program's Wolbachia como uma intervenção de saúde global de longa duração para reduzir a carga de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela".
Leia o artigo de pesquisa, 'Pluripotency of Wolbachia against arboviruses: the case of yellow fever' para saber mais.
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